Sempre temos cervejas que por um motivo ou por outro acabam restando nos espaços onde as estocamos, sem que isso seja um ato proposital (ou não). O fato é que remanejando minhas garrafas achei essas num canto, que não me lembro como nem porque as deixei ali. O interessante dessas degustações é ver o que a ação do tempo causa nas cervejas. Em alguns casos a data de validade é apenas um parâmetro de tempo, pois a cerveja muda suas características mas não perde qualidade; em outros elas acabam perdendo muito de sua força e aroma. O certo é que se a cerveja for realmente de qualidade, algumas boas características sempre irão permanecer. Abaixo algumas impressões sobre essa degustação.
Orval : fabricação 2007 - validade julho 2012
Boa espuma, com boa formação. Ainda bem aromática, porém se faz mais presente o Brettanomyces , já que o lúpulo Styrian Golding (uma das marcas da Orval) perdeu a sua intensidade. Nota-se uma leve oxidação, e o paladar mais suave, sem muito gosto (o azedo do Brett já não está tão intenso).
Urbock 23: vencimento 04/2010
Boa espuma. Levemente oxidada (o teor de 9.6% ajudou a conservar), porém ainda com o dulçor maltado característico das dopplebocks claras. O álcool está mais moderado, mas ainda dá as caras. No geral boa, a melhor das 3
Ola Dubh 18: engarrafada janeiro 2009 - vencimento janeiro 2012
Ola Dubh 18: engarrafada janeiro 2009 - vencimento janeiro 2012
Pouca formação de espuma. Alcool mais moderado, o que faz com que os aromas de madeira e whisky se sobressaiam, restando baunilha, malte torrado e chocolate ao fundo. No geral bom aroma e paladar, porém já não parece tão encorpada.
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