Cerveja colaborativa desenvolvida
pela portoalegrense Tupiniquim e pela cervejaria “cigana” sueca Omnipollo. A
Polimango utiliza em sua receita aveia em flocos, farinha de polenta e lúpulos
cítricos de origem americana (das variedades Columbus, Centennial e Mosaic).
Logo ao servir no copo já é possível sentir de longe os lúpulos aromáticos com
muita intensidade e frescor, coisa que não acontece com a maioria das cervejas
importadas (IPAs) que chegam por aqui, e mesmo muitos exemplares nacionais. O
toque da farinha de polenta é uma alternativa ao dulçor caramelizado gerado
pelos maltes na maioria das IPAs (para equilibrar o amargor do lúpulo), e a
aveia ajuda a suavizar o toque do paladar de amargor 80 IBU. Não que o malte
não apareça, ele está lá, mas não tão adocicado como na maioria das DIPAs. O
potente teor alcoólico e o alto amargor são perceptíveis, mas bem contidos,
gerando um conjunto de muito equilíbrio. A versão engarrafada consegue manter
muito da intensidade da versão chope, e a cerveja apresenta-se relativamente
fácil de beber em ambas. Para mim uma das cervejas mais surpreendentes do
estilo que apareceram no mercado nacional nos últimos anos. Abaixo impressões de degustação.
Omnipollo/Tupiniquim Polimango
Estilo: Imperial/ Double IPA
ABV 9.5 %
IBU 80
Aparência:cor dourado/alaranjada, turva, com reflexos amarelados
contra a luz.É possível ver alguns sedimentos no copo, não sei se do fermento
ou da farinha. Espuma:cor branca de
boa densidade, com boa formação e duração. Aroma:
malte, leve adocicado e caramelo ao fundo, farinha (polenta), leve álcool e
lúpulo com muita intensidade e frescor, notando-se aromas frutados
(manga,pêssego), cítricos(laranja, maracujá, abacaxi), herbais e florais. Paladar: leve malte, farinha e lúpulo
(cítrico, frutado e herbal). Amargor acentuado.Corpo médio para alto e baixa
carbonatação Toque levemente licoroso e picante na boca, com final seco e de
amargor intenso.Retrogosto com presença do paladar lupulado e bom amargor
residual
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